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Brincadeira

 

“Embora a brincadeira esteja presente numa grande faixa de espécies, de invertebrados (como o lagarto, tartaruga e abelha) a mamíferos (macacos, ratos e humanos), a brincadeira social é mais proeminente em animais com um grande neocórtex”, lê-se no artigo “The Power of Play” presente na revista “Pediatrics”, em 2018.

A importância da brincadeira nas crianças

“Comparado com outras espécies o bebé humano nasce imaturo, com o desenvolvimento do cérebro a acontecer após o nascimento. Os bebés são totalmente dependentes dos pais para regular os ritmos de sono-vigília, alimentação e muitas interações sociais. O brincar facilita a progressão da dependência para a independência e da regulação para a autorregulação. E começa logo nos primeiros três meses de vida”, dizem os autores deste artigo.

As brincadeiras também trazem associado o benefício do exercício físico. E este não só previne o excesso de peso como também beneficia o sistema imunitário, endócrino e cardiovascular e previne doenças como a depressão. Os autores, da Academia Americana de Pediatria, citam ainda trabalhos que sugerem que as crianças prestam mais atenção às aulas depois de um recreio de brincadeiras livres do que por exemplo de aulas de educação física, mais estruturadas.

O que os animais nos ensinam sobre a brincadeira

No livro Affective Neuroscience, de Jaak Panjsepp (1998), é sublinhado que vários estudos com animais sugerem que a função de brincar é construir um cérebro pró-social capaz de interagir com outros de forma efetiva. Foram estudadas as bases neurológicas das emoções em animais e foi sugerido que a falta de brincadeira pode estar ligada a casos de síndrome de défice de atenção e hiperatividade.

Muitos estudos têm sido feitos em animais, não sendo possível extrapolar as conclusões para o ser humano. Ainda assim, os trabalhos com animais como ratinhos dão pistas. Os animais que foram privados de brincar revelam posteriormente comportamentos mais imaturos.

“Doses elevadas de brincadeira estão associadas a níveis baixos de cortisol, o que sugere que brincar reduz o stress ou que animais sem stress brincam mais”, informa o artigo. Um estudo com crianças de três e quatro anos, ansiosas com a ida para a escola estudou o efeito de 15 minutos de brincadeira em comparação com ouvir a professora a ler uma história. O grupo que brincou teve níveis de ansiedade mais baixos.

“Brincar com os seus amigos e colegas de escola envolve a resolução de problemas sobre, por exemplo, as regras do jogo, o que vai requerer da parte da criança negociação e cooperação. Através destas interações, as crianças aprendem a usar uma linguagem mais elaborada e rica”, explicam os autores.

E como ficam os tablets?

Também são citados estudos que sugerem que brincar com os brinquedos tradicionais está ligado a um vocabulário maior e com mais qualidade do que brincar sobretudo com brinquedos eletrónicos.

As vantagens apontadas ao faz de conta também estão presentes: “É encorajada a autorregulação uma vez que as crianças têm de colaborar num ambiente imaginário, concordar em fingir e conformar-se aos papéis, o que melhora a sua capacidade de raciocinar sobre acontecimentos hipotéticos”.

25 mitos da pediatria, pelos pediatras

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